Achei que não fosse
conseguir dormir de tanto nervoso, mas a felicidade que exalava dos poros, me
fez ter um sono tranquilo e revigorador. (Aquele festa surpresa ainda vive em mim...)
Eu tinha que estar no
hospital às 08h00min, então, acionei o despertador para bem cedinho, assim
poderia tomar um banho gostoso para acordar de verdade e renovar as energias. Confesso
que perdi mais uns dez minutinhos na cama, estava tão convidativa. Quem nunca?
Eu sempre!
Mala pronta e dentro dela
tudo que precisaria nos próximos dias.
Deixei meus dois homens
dormindo, não queria acordá-los... Um beijo no rosto de cada um e até logo dito
da porta do quarto. Não chorei, porque sabia que seria uma despedida breve e
que estaria ali com eles novamente. Vamos guardar o drama para quando for
necessário: nunca.
Já no hospital, depois de
feita a internação, subi para o quarto, por surpresa só havia eu. O que pra mim foi bom, já não quis levar
ninguém da família para não ter lágrimas intermináveis antes da entrada no
centro cirúrgico, também não queria ter a infelicidade de encontrar uma pessoa
de pouca ou nenhuma fé e que ficasse lastimando-se por estar ali.
Quando dei por mim já era
quase meio dia e fazia 14 horas que estava sem comer, logo vieram às
enfermeiras puncionar a minha veia para colocar o acesso. Estava quase na
hora...
Passei a tarde conversando
com a minha querida amiga e acompanhante e quando dei por mim, o maqueiro
estava ali para me buscar. O tempo até que passou rápido para quem esperava
aquele momento há quatro meses.
Bombardeei o zap zap
informando a quem interessava, que estava entrando para a cirurgia, mas que
logo, estaria de volta! Liguei para meu Marcos e pedi para que cuidasse bem do
nosso menino enquanto eu estivesse fora, finalizando com um EU TE AMO, correspondido
do outro lado da linha.
É engraçado como o
corredor e as luzes que existem até o centro cirúrgico te remetem a um
filmezinho dos melhores momentos da vida. Comentei isso com o maqueiro, ele
sorriu e disse para que eu fechasse os olhos e assistisse a esse filme em
câmera lenta, e diminuiu a velocidade dos passos.
Assim que entrei no centro
cirúrgico, a enfermeira me pôs aquela touquinha na cabeça. Fiquei um deslumbre
com aquela camisola sensual do hospital, mais a touquinha...
Fiquei alguns minutos na
sala de pré-operatório, e logo o anestesista gentilmente veio se apresentar e
pedir minha transferência para a cirurgia. O anestesista aplicou algo na minha
veia e só me lembro de estar com uma máscara no meu rosto, inalando um cheiro
super forte e uma voz suave falando – ’’respira fundo, respira fundo,
respi...’’ Zzzz.
Acordei depois de três
horas e meia, na sala de recuperação, com muita, muita sede. Molharam minha
boca, fizeram algumas perguntas para que eu respondesse, assim verificando meu
grau de lucidez. Tudo dentro da normalidade, portanto, fui de volta para meu
quarto congelando.
O fim de mais uma etapa!
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